até mais: oito quatro, ou melhor oito a quatro, ou melhor, coito a acto,
foi isso que eu pensei, ao imaginar uma cena em que se contavam as
oportunidades de golo do Sporting com o praia, sendo que não vi o jogo todo
(TV), e estou a inventar, naturalmente que o sportém tem muitas oportunidades
de golo em casa própria, não tem?
domingo, 30 de setembro de 2012
dia não sei quantos 87: subscritor de ilusões
Depois de muito pensar, de muito pensar no caso, e também nesta cena da exposição, e entretanto refeito de uma composição nocturna que incluiu um
repasto estranhíssimo, rodeado de meandros etílicos, e mais isso; entretanto
refeito é como quem diz, se calhar contrafeito, nomeadamente à paisana, para
não ser detectado por mim próprio, declaro, ao mundo exterior, que estou um
bocado fodido com tudo, com isto tudo e mais aquilo e aqueloutro. Mas estou
calmo.
tristan
sábado, 29 de setembro de 2012
dia não sei quantos 86 e tal: o zzzábado
O sábado continua igual a vodka, o Sporting continua igual a um dia qualquer, sáporting continua igual a sábado ou a um dia qualquer, queres ver, o szzábado continua igual a vodka, o zzzábado...ou isso.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
dia não sei quantos 85: é sexta mas podia bem ser zzzsegunda
Diz assim o Vian, Boris e tudo: “Instalava goteiras e reparava vidraças/E era sonâmbulo, na vida privada/ Todas as segundas de manhã doía-lhe a cabeça/ Só ao fim-de-semana é que estamos bem(…)”. Coisa de Os Irmãos, cantilenas em geleia. Nem goteiras nem vidraças, apenas sonambulismo. zzzzZZZZZzzz
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
dia não sei quantos 84: não entres tão depressa nessa cena escura
Um destes dias estava eu a ouvir um programa na televisão, a ouvir, sem
ver os gajos, assim uma espécie de rádio, quando um dos tipos (era um tipo pela
voz) falava de lirismo e de atitudes poéticas,
referindo-se a coisas materiais, tipo política ou tinta esmalte, pelo tom de
voz era tanto especialista numa coisa como noutra, e parece que também podemos
acrescentar a isso economia, nada mais fácil, já que nestes tempos toda a gente
percebe alguma coisa de economia, e todos os gajos que vão à televisão debitar
barbaridades avulsas são economistas ou para lá caminham a passos (sem ironia
ministerial) largos, para além de que são quase sempre os mesmos tipos ou
tipas, não sei se já repararam. Essa merda de utilizar a poesia nesses termos, ou quaisquer outros, tendo em conta o nível
de substrato lírico geral, pode, e certamente que é isso que acontece, causar
muita obtusidade nos assuntos, sejam eles quais forem. Basta ler as Farpas do
Eça e do Ramalho, mais meia dúzia de romances portugueses (nem é preciso
consultar o Pulido whisky Valente ou o Rui Ramos pulido) para perceber que a
evolução lírica manifestamente não
existiu, ou é a mesma do século XIX, pelo menos, sendo (quase) certo que a poesia
não tem nada a ver com essas merdas. De qualquer modo, preocupam-me cenas
concretas, como isto. Ou como isto. Nisto estou que se foda.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
dia não sei quantos 83: e agora, cão?
Estava a reler, a folhear Vila-Matas, O Mal de Montano,
e diz a páginas tantas: “não é a revelação de uma verdade que o meu diário
busca, mas sim informação sobre as minhas constantes mutações”. De manhã chovia, para
que conste. Fui correr, para que conste. Não tenho nenhum jogo novo para jogar,
para que conste. A tarde ainda agora começa e já vai em declive, é como se não
fosse possível juntar as peças todas, ou as cartas todas, como se não fosse
possível formar um baralho ou fechar bem da mala. E depois o Matas assim: “instintivamente,
com grande entusiasmo, pensas em bombas mentais que depositarias cuidadosamente
nos pavilhões de determinados porcos (…)”, [gosto deste gajo!] páginas tantas
252, edição da velhinha Teorema agora embalsamada no caralho da leya, ou isso.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
dia não sei quantos 82: [o Sporting entre] um épico camoniano ou a farsa de Sá Leão Pinto[?]
Acordei cedo, a pensar que estava a sonhar e estava, depois adormeci, ou
isto foi ontem, já não sei bem, de qualquer modo, já cá faltava um pingo de
felicidade testosterónica para além da compreensível felicidade testosterónica
matinal, como é óbvio. A testosterona, neste caso, noutros não se sabe,
resultou de um contraciclo nocturno metamorfoseado na vitória épica do Sporting
e do Sá Leão Pinto [lá está a testosterona, outra vez] e dos seus jogadores
mais o Paulinho Leão Pinto e arredores do banco de suplentes. Parece que o Sá
andou a ler poemas épicos, ou sagas escandinavas, ou mesmo o Walt corpo Whitman
naquela cena do “Ímpeto, Ímpeto, Ímpeto,/ sempre o ímpeto procriador do mundo”,
embora o Walt corpo Whitman seja de outras testosteronas, mas como sabem “é inútil
pormenorizar, os cultos e os incultos sabem que assim é”, pois apenas dessa
forma se pode ganhar a uma equipa chamada Gil Vicente, cuja representação
consiste em representar [fazer de conta] que joga futebol, utilizando partes do
corpo estranhas ao ofício, como o nariz, com desfechos efectivos de golo, sem
os quais todas as farsas e mesmo todos os autos vão por água abaixo.
Tás lá Sá Pinto, caso contrário, como diz a Lianor [na farsa de Inês Pereira]:
“dai isso por esquecido,/E buscai outra guarida.”
autógrafo de Gil Vicente
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
dia não sei quantos 81: 60% dos pensamentos não constam das estatísticas mesmo não oficiais
Antes de se saber qualquer coisa, logo pela manhã, optou-se por ler um
bocado, coisas, abrir a janela com calma, abordar o pequeno-almoço com
desmazelo, ir correr, pensar na vida, tomar um banho e isso. Depois a notícia quase. Depois um passeio nitidamente em
marmelada com os devaneios, entretanto uma cena com um livro do Piglia [alvo
nocturno], mais mercearia e isso da fnac, já em piloto automático com a virtude
de as pernas já não sentirem qualquer sintonia ou intimidade com a cabeça. Em
casa, mais tarde, quase agora, um gajo fica a saber que nunca está seguro,
parece que há para aí cenas de formação, acções sem C, ou isso, mas sempre com
o olho em qualquer dado estatístico, entremeado com a possibilidade de enviar
um tipo ou mesmo uma tipa borda fora, mas sem água fora dessa borda, isto é, um
tipo ou uma tipa ficam exactamente onde estão, mas podem eventualmente fazer
parte de outro caderno de encargos ou mesmo de vários cadernos desde que não
constem do actual, sem C. Acho eu. Uma caganita de merda lá para a semana.
domingo, 23 de setembro de 2012
dia não sei quantos [79 e] 80: a terra é redonda e tem um movimento fodido
Depois de um sábado a ruminar estratégias sem qualquer sentido, e depois
de um sábado com magnetismo familiar, ensimesmado, mas ainda assim gaiato [com
coisas, pessoas em melhor forma]; depois de um sábado quase etilizado, quase
bem alimentado, quase com bons filmes; depois de um sábado em que ficamos a
saber que já não vamos ser enrabados [pelo poder estabelecido] da forma prevista, mas que vamos ser
enrabados de uma outra forma, seguramente enrabados, já que consta que os
nossos bolsos são poços ilimitados de fundos com pusilanimidade a tiracolo.
Bom, depois de um sábado assim, e mais, com poucas ou nenhumas leituras,
tirando o espesso e o record, sem qualquer poesia digna, depois de um sábado
desses, depois é: domingo. Prova irrefutável de que a terra é redonda, justa e
com um movimento fodido.
[max]
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
dia não sei quantos 78: balada de um desempregado cansado
Um dia escreveu assim o António
Ramos Rosa:
«A noite trocou-me os sonhos e as mãos/ dispersou-me os amigos/ tenho o
coração confundido e a rua é estreita/ estreita em cada passo/ as casas
engolem-nos/ sumimo-nos / estou num quarto só num quarto só / com os sonhos
trocados/ com toda a vida às avessas a arder num quarto só/ Sou um funcionário
apagado/ um funcionário triste/ a minha alma não acompanha a minha mão/ Débito e
Crédito Débito e Crédito/ a minha alma não dança com os números/ tento escondê-la
envergonhado/ o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em
frente/ e debitou-me na minha conta de empregado/ Sou um funcionário cansado dum
dia exemplar/ Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?/ Por
que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço/ Soletro velhas palavras
generosas/ Flor rapariga amigo menino / irmão beijo namorada/mãe estrela música/ São
as palavras cruzadas do meu sonho/ palavras soterradas na prisão da minha vida/ isto
todas as noites do mundo numa só noite comprida/ num quarto só.» Poema de um funcionário cansado.
É do caralho este poema, chegado ao osso, é do caralho, bem chegado ao
osso e não parece, eu até era para copiar apenas metade, e fazer uma jogatana
de palavras com desempregado e funcionário, mas não deu, não dá, está-se mesmo
a ver que não deu e que não dá.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
dia não sei quantos 77: vaselina
Quinta-feira 20 de Setembro de 2012, e depois continuas, para trás e
para a frente, para o lado, para o outro lado, sais de casa, a casa parece um
umbigo, tu és essa casa, esse centro que se confunde redondamente, vais a
pensar na vida (não muito), fazes planos (não muitos), continuas a andar e
falas de ti para ti, explicas-te, vais com a máquina a tiracolo, tiras umas
fotos, é para aquela tal cena, quando tal vais em 1993, café x , hora z, tudo
isso te recorda um poema do Cesariny.
Tudo te recorda um poema. E depois, depois continuas, a tal entrevista, a tempo e horas lá estás
tu, corre bem, o gajo à tua frente, isto vai, isto vai, o gajo insiste que isto
é um preliminar, tu pensas, “mas estamos a foder ou quê?”, é um pensamento
rápido, já estás de volta ao momento, não vacilas, passa o tempo, o gajo no fim
lá explica os preliminares, afinal é uma coisa de rotina para a base de dados
deles, mas correu bem, simplesmente agora não precisam, mas nunca se sabe, tu
desculpas logo o gajo a ti e à coisa, e pensas “que gajos previdentes…que gajos
previdentes, ou o caralho”, balbucias algo enquanto percebes tudo, e já estás
cá fora, pensas na vida (não muito!).
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
dia não sei quantos 76: já enviei CV para a Benetton
Mas parece que não tenho idade, por pouco, muito pouco, ainda pensei tentar a casa dos segredos mas esta já vai de vento em popa. É o que dar estar arredado, ler umas merdas, mais outras merdas, e por aí ou por aqui vai dar ao mesmo. A minha mãe bem que me avisou, foi, foi...
terça-feira, 18 de setembro de 2012
dia não sei quantos 75: dias de 2012 (continua)
Escreveu Cavafy (dias de 1908): “Ganhava uns dois ou três xelins por dia./
Às cartas e ao gamão que há-de um rapaz tirar,/ de condição modesta, em cafés
ordinários,/ por muito bem que jogue e que só fisgue otários?/ E o pedir
emprestado, nem sempre pegava. /Raramente uma nota, muitas vezes menos,/ e até
mesmo ao xelim não raro se abaixava./"...
[e ler Calvino]
[e ler Calvino]
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
dia não sei quantos 74: continuação do domingo
Na verdade, esta segunda-feira, com algumas
desviantes que confirmam a regra, foi apenas um apêndice do dia de ontem, domingo, mais concretamente, do domingo à tarde, ou aquilo que estava mais ou menos
previsto para esse espaço temporal. Foi filme, foi banho, foi livro. Eu sei lá,
já não distingo as coisas com clareza. Foram as tais:
procuras espontâneas, voluntárias, aleatórias, exploras outras áreas, sabes que pode resultar, pode resultar, e com sorte terás direito a passar recibo.
domingo, 16 de setembro de 2012
dia não sei quantos 73: objectivo trabalhar
Um domingo também começa assim: cedo, quer dizer,
mais ou menos cedo, pequeno-almoço razoável e uma vontade indómita de ter
vontade, nesse momento já estás sentado ao computador e (re)começas, outra vez.
Respondes a anúncios de emprego, contas, um, dois, três, quatro, cinco, vacilas
no sexto, este não vale a pena, recomeças, relês, tim-tim por tim-tim,
escapou-te ali uma cena, duas, já foi, pormenores, fazes a coisa personalizada,
um a um, é no que dá. Entretanto, crias o teu próprio anúncio, ponderas as
possibilidades, a tua economia paralela, tem que ser, resultará como das outras
vezes?, quantas foram?, relês a coisa, isto vai, afinal vai, juntas a técnica
ao desenrasque, os conhecimentos, todos, experiência, academia, leituras, tudo,
lá vai, lá vai. Pausa. Impressões em papel. Mais tarde, logo mais para a tarde,
vais fazer as procuras espontâneas, voluntárias, aleatórias, exploras outras áreas,
sabes que pode resultar, pode resultar, e com sorte terás direito a passar
recibo. Até já.
sábado, 15 de setembro de 2012
dia não sei quantos 72: scream [adelica]
Olha, na
rádio, um acaso, os Primal Scream dizem, cantam isto: ”Just what is it that you
want to do?/we wanna be free/we wanna be free to do what we wanna do /and we
wanna get loaded/and we wanna have a good time…”. É o Loaded, para aí 1991, ou
isso.
Nota: (foda-se a troika; foda-se o governo; foda-se os
tipos e as tipas que apenas se lembram das merdas quando o fogo lhes chega ao cu;
foda-se os dias especiais...)
[reportar lesão]
[reportar lesão]
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
dia não sei quantos 71: silêncio
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quinta-feira, 13 de setembro de 2012
dia não sei quantos 70: nomeadamente
Procura-se
a necessária intervenção rápida para associar a uma terapia motivacional, ou
como é tão difícil chamar as coisas pelos nomes hoje em dia.
[agora vou ali ler o jornal ou o caralho]
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
dia não sei quantos 69: para estes dias
Escreveu Boris Vian e basta: “(…) São todos uns
enraba-moscas/ Mas há duas maneiras de enrabar as moscas:/ Com ou sem o seu
consentimento”.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
dia não sei quantos 68 e tal: lost o caralho
Em breve, muito breve, seremos todos, ou quase - de
qualquer modo demasiados -, desempregados, desalojados, desnorteados,
empregados pedintes e bajuladores, ou, como dizia um poeta que ninguém conhece,
pois claro, seremos serenamente líquido desinfectante
de calçadas.
dia não sei quantos [67 e] 68: cortes
[É verdade, foi uma segunda-feira
meio andarilha e seguramente aérea, permitindo apenas um ou dois agastamentos
de relevo, algumas conversas sérias e uma porção de coisas que não interessam
para o caso.]
Hoje, por acaso, fui dar
uma corrida. Até ver está a ser positivo.
domingo, 9 de setembro de 2012
dia não sei quantos 66 e tal: empregar-se no domingo
São quatro horas da tarde, para aí, e já
respondi a 3 cenas de emprego, com e-mail personalizado, carta de
motivação, CV com fotografia actualizada, referência ao que vai, e mais não sei
o quê, faltando talvez acrescentar algo sobre as possibilidades ínfimas do
Sporting ser campeão este ano e as proezas sexuais do presidente ex. Clinton,
mas parece que não podemos ou devemos enviar demasiada informação. Entretanto
limpei uma assoalhada e meia da casota e comi qualquer coisa que não posso precisar
com certeza.
dia não sei quantos 66: vou ali e já venho
Na boa, se um tipo
estiver aborrecido e quiser torrar dinheiro, pode dar um salto ao Eurovegas, jogar
umas fichas, curtir um spa e jogar golfe com o primo ou lamber as botas ao
patrão. É mesmo disso que a malta precisa e está a sentir falta.
sábado, 8 de setembro de 2012
dia não sei quantos 65: estaca zzzzero
Um tipo ou uma tipa pode dar consigo a pensar se vale
a pena ter ou arranjar ou manter um emprego por conta de outrem, a não ser que
seja coisa para se ver em termos de carcanhol, ou até preferencialmente com
partes que nem sequer se vejam; mas o melhor é apostar numa profissão liberal
das boas, pertencer ao capital, ou,
melhor ainda, ter/arranjar uma grande fortuna. Acho que vou ali arranjar uma grande
fortuna.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
dia não sei quantos 64: livro ao pequeno-almoço
Acabou assim a tarde de ontem:
“ – E, agora, meu amigo – disse Utz –, gostaria de
ver a minha colecção de anões?”
Começou assim a manhã mal acordada de hoje, saltando
para a linha 10:
“ – É maluca –
desculpou-se Utz. – Foi uma soprano famosa”.
[escreveu o Chatwin no Utz]
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
dia não sei quantos 63: Chatwin&companhia
Uma manhã ao calhas, com uma andança e um jornal
acoplados, tudo ao sol, e mais café que se faz tarde. Tarde para quê? Ler a
sina ao dia, continuar, deitar-se a adivinhar pela tarde fora, escrevinhando na
internet, participando activamente nesse imenso rol de coisas importantíssimas,
olhando as paredes, fazendo falcatruas com o cérebro. E depois ler qualquer
coisa, é o melhor, é o melhor.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
dia não sei quantos 62 e tal: pintar o sete
Escreveu o Cesariny:
“Voltar ao fim./Pintar três vezes o sete:/ ficar doido.”
terça-feira, 4 de setembro de 2012
dia não sei quantos 61: normalidade
Esta terça-feira corresponde(u), numa espécie de
osmose, à segunda-feira de ontem que não
aconteceu, por motivos alheios ao nosso entendimento. E basta. Cumpriu-se assim
o vazio com termo de identidade e residência de uma segunda-feira, cumprido a
uma terça-feira, incluindo as diligências que estavam pensadas para o referido
dia.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
dia não sei quantos 60: a carta
Hoje parece que recebi isto:
Pedimos desculpa, mas por imponderáveis de última
hora, o dia de hoje não será uma segunda-feira, mas também não se repetirá o dia
domingo, ficando ao critério de cada um fazer aquilo que achar melhor dadas as
circunstâncias, bem como o necessário para ultrapassar este (digamos assim) espaço temporal a preceito e sem percalços de maior.
Por este incómodo, solicitamos a vossa melhor compreensão. Prometemos ser
breves.
Isto pareceu-me uma cena saída de um conto do Pere
Calders, mas nem hesitei: fui à praia.
Até segunda…
domingo, 2 de setembro de 2012
dia não sei quantos 59: e é isto
zzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzedepoiszzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzacelerarzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzeprontozzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
sábado, 1 de setembro de 2012
dia não sei quantos 58: não sabes inventa
Parcamente sábado com coisas de sexta-feira a
considerar, por exemplo, aquelas que ontem eram acopladas a uma tarde mal
passada, com reflexos na próxima segunda-feira, dia 3 de Setembro, mais coisa
menos coisa. O que muda é talvez este desejo estúpido de nortear a cena como se
de um fim-de-semana normal se tratasse, embora neste em particular, até com
cenas de sábado à noite a ter em conta, concertos ou isso, mas que muitas vezes
acontecem fora do penico, isto é, do sábado, ou do fim-de-semana. Um gajo tenta
ser o mais normal possível, ou aparentar, mas nem se apercebe de que os dias
estão cada vez mais pequenos, não apenas porque se aproxima, a passo largos, o
final do verão, mas porque fundamentalmente esse gajo dorme quase doze horas
por dia. Ando sempre atrasado uma hora, ou mais…
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