quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

dia não sei quantos último do ano: continuação de boas festas e um bom ano


a análise ao ano de 2015 e seus bastidores será alvo de um balanço, ou mesmo de um impulso a esse balanço, um balanço que nos projecta entre dois pontos dispostos de forma esquisita, mesmo esquisita... até já.



domingo, 20 de dezembro de 2015

dia não sei quantos 58 ao domingo: caminhar

Algumas das missões recentes foram parcialmente (ainda faltam etapas) cumpridas, e isso aconteceu num quadro estratégico pensado a uma luz daquelas antigas que piscavam a preto e branco, em regime de câmara lenta, e que faziam com que um tipo pensasse que até tinha pinta ao dançar enquanto se aproximava da tipa, também em câmara lenta, sempre agarrado ao copo, quando não era agarrado a uma garrafa, a um corrimão, ou até mesmo a outro corpo que já não nos lembrávamos de carregar a tiracolo. Foi temperada por uma luz assim que a estratégia foi-se consolidando num quadro externo e mesmo interno de grande complexidade, para não dizer mais, um quadro em que a luz por vezes vinha-se abaixo, e em que por mais que intermediássemos operações conciliatórias, as pontas dir-se-iam perdidas, soltas a um vento daqueles mesmo fodidos, daqueles ventos das tormentas e dos temporais. Ainda assim algumas missões foram parcialmente cumpridas, não sem que vários estilhaços incandescentes derretessem a nossa vontade, cada momento a sua tenaz, cada momento a sua voz esquizofrénica, desejos de um outro caminho, um buraco negro, uma porta de saída como no Donnie Darko, e aqui refiro-me concretamente ao Donnie Darko original, ainda assim algumas missões foram parcialmente cumpridas, com o corpo a chegar à praia numa sexta-feira à noite, ou sábado de manhã, não interessa, conseguimos ver esse corpo a levantar-se, um sorriso i'm still here you bastards dança no seu rosto, a areia deve estar fria, pensámos, junto com esse corpo que agora caminha, determinado, dirigindo-se não se sabe bem para onde, ainda agora caminha, determinado, quer dizer, conformado que tem que caminhar, que tem que caminhar, que tem que caminhar.  

sábado, 19 de dezembro de 2015

dia não sei quantos eu sei lá ao sábado: eu sei lá...


[a utilização de imagens é da exclusiva irresponsabilidade do autor deste Diário, revelando-se manifestamente necessária, para não dizer apropriada, neste caso particular.]

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

dia não sei quantos à volta de 49 à terça: pedido de emprego

Há pessoas que fazem fortuna, outras depressões, outras filhos. Há as que fazem humor, há as que fazem amor e as que fazem dó. Há muito tempo que eu procuro fazer qualquer coisa! Não há nada a fazer: não há nada a fazer. Isto foi escrito num dia qualquer por Jacques Rigaut, suicida que, com admirável afinco, terá planeado a sua morte durante dez anos. Agora vou ali, com admirável afinco, ver da sopa e do prego no pão. Talvez da parte da tarde vá dar na filosofia política, quem sabe...

domingo, 13 de dezembro de 2015

dia não sei quantos eu sei lá ao domingo: semiótica oxigenada

Já cá estou, mas nem isso foi fácil, dias atrás de dias numa enxurrada de sentidos que inundaram a baixa da minha alma. É claro que a baixa da minha alma havia sido mal planeada, entulho marado a teria aumentado e indevidamente conquistado ao corpo, simulando segurança movediça, inventando passagens secretas que mais não seriam que puro simulacro, prazenteira ilusão. Nada disto caminha(va) a par com o resto das forças que nos versejam e mitificam neste mundo, pelo menos até onde os olhos conseguem ver, ou até onde os nossos passos nos conseguem carregar, nada mais, isso sim, a minha concepção de cidade, com todas essas ligações térreas, mas sobretudo como projecção de nós próprios. Não ficará tudo na mesma nesta transição velada por Janus, ou talvez fique apenas a sua representação, a sua projecção sombreada. Não acredito, basta mordermos um lábio para que o mundo sensível faça todo o sentido. 

domingo, 6 de dezembro de 2015

dia não sei quantos 40 ao domingo: zZZzz?

nem isso...nem zzzzZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZzzzzzzzznadinhazzzzzzzzzzzzzzzzzzlimpezadacasotazzz

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

dia não sei quantos 38 à sexta: toma

Depois do dramaqueen, ou isso, atravessei a cidade para dar sequência à coisa, que no pasa nada e tal. Recebi então a mensagem: nada como um pseudoproblema para nos acordar do conforto asséptico do dia a dia!. Com ponto de exclamação e tudo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

dia não sei quantos 35 à terça: enriquecimento curricular

Estava para a ir acolá à árvore das metáforas, certamente plantada por Borges, mas deu-me para ir ali, ao café a cinquentinhas, agarrar a liana e na volta trazer pão. Do simples, faz favor. E é isto, podia ser outra coisa, mas é isto. Lamentamos.