Quinta-feira 20 de Setembro de 2012, e depois continuas, para trás e
para a frente, para o lado, para o outro lado, sais de casa, a casa parece um
umbigo, tu és essa casa, esse centro que se confunde redondamente, vais a
pensar na vida (não muito), fazes planos (não muitos), continuas a andar e
falas de ti para ti, explicas-te, vais com a máquina a tiracolo, tiras umas
fotos, é para aquela tal cena, quando tal vais em 1993, café x , hora z, tudo
isso te recorda um poema do Cesariny.
Tudo te recorda um poema. E depois, depois continuas, a tal entrevista, a tempo e horas lá estás
tu, corre bem, o gajo à tua frente, isto vai, isto vai, o gajo insiste que isto
é um preliminar, tu pensas, “mas estamos a foder ou quê?”, é um pensamento
rápido, já estás de volta ao momento, não vacilas, passa o tempo, o gajo no fim
lá explica os preliminares, afinal é uma coisa de rotina para a base de dados
deles, mas correu bem, simplesmente agora não precisam, mas nunca se sabe, tu
desculpas logo o gajo a ti e à coisa, e pensas “que gajos previdentes…que gajos
previdentes, ou o caralho”, balbucias algo enquanto percebes tudo, e já estás
cá fora, pensas na vida (não muito!).
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
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