domingo, 30 de agosto de 2015

dia não sei quantos domingos: tem agosto?

Tenho, ali num frasco. Por um acaso ainda tenho, ali. O que é que Agosto tem? Ah, isso é outra coisa... tem a volta a Portugal em Pensamento e a Passagem Mental à Boleia pela Europa. As classificações ficam para uma próxima oportunidade. Entretanto vou digerir o pão galego torrado e o chá na limpeza da casota. Já para não falar da cerveja de ontem, digerida com banda sonora. Mas isso é outra coisa, nada de especial. Agora, agosto tenho, ali num frasco. E a gosto também. Mas isso fica para depois, ok?

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

dia não sei quantos à segundo por um caso: essa cena de escrever como é?

Olha, um dia qualquer escreveu assim Evelyn Waugh: claro que isto era uma maçada, bem como a hora que se seguia, durante a qual, por entre caminhos concêntricos de asfalto muito gasto, umas couves melancólicas mostravam as cabeças. Agora vou ali ver do bacalhau...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

domingo, 16 de agosto de 2015

dia não sei quantos zomingo: zzresetzz

zzzzzZZZZZZZzzz planeamento de um atentado mental contra os putos do lado, e um outro a favor da explosão com gelamonite 33 das unidades anatómicas que enxameiam o meu esforço laboral (aqui temos pano para mangas). Manifestação mental contra as limpezas de casota (ao dormingo e não só). Já volto com a campanha eleitoral...

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

dia não sei quantos quarta: fica marcada a sua escavação para a próxima semana

Sabem, no planeta Platónov, por exemplo, vive-se sob a lentidão da fúria, como se a vida viesse por procuração do comité. Sabem, no planeta Platónov, por exemplo, existirá uma necessidade geral do mundo, mas apenas se sente a melancolia da inutilidade. Sabem, no planeta Platónov, por exemplo, existem técnicos que imaginam o mundo como um corpo morto, julgando-o segundo as partes já transformadas em construções; existem unidades anatómicas que não se julgam nenhuns animais e que juram poder viver através do signo do entusiamo. Sabem, no planeta Platónov, por exemplo, inventam-se dorsos curvados, não tanto consequência dos anos, como das tarefas sociais. Tabuletas dispostas em pequenas elevações expõem questões relevantes, a saber: onde é que os camaradas foram buscar a sua representação do mundo? Sabem, no planeta Platónov existem mutilados encurtados em metade pelo jugo do capital, e outros homens quase inteiros como se o corpo fosse propriedade sua. Homens haverá, no planeta Platónov, capazes de terem pensamentos mas, não raro, tudo apreciam com a tristeza da austeridade, emocionando-se por atraso... homens que vão longe apenas no espaço da sua solidão…  

domingo, 9 de agosto de 2015

dia não sei quantos domingos de agosto: para encher com esses sons a oca melancolia das suas cabeças

Tive que ir desintoxicar de Donald Barthelme para cima de um planeta chamado Platónov. O planeta Platónov, por assim dizer, sente a falta de um e (entre outras coisas), mas nem sempre isso é imperceptível à primeira vista, ou mesmo à segunda. Num piscar de olhos da vista disponível, descemos a uma escavação, entre mutilados, proletários, mujiques e homens do partido do cansaço. Além não se vê grande coisa a não ser a natureza a fazer das suas. Aquém, junto da escavação e do barranco diz que é verão. Mas não se vêem nenhuns cartazes. Eles lá saberão.