sexta-feira, 16 de março de 2018

Ainda tenho que trabalhar muito, dizem


Pois evidentemente, nos termos da lei, não iremos fazer comparações, desculpem lá, relativamente ao tema das toupeiras (supostamente) matéria difamatória, quer dizer, a posta anterior, nem sei de troca de emails, o jogo e tal do Sporting era acessório, quer dizer, uma lateralidade ao principal, uma posta de análise literária, cuja dimensão não seria (nem era) de desconsiderar, mesmo por aqueles, não sei se serão ratazanas, que, obviamente, não lêem um caralho, mesmo quando juntam as sílabas todas direitinho, ou nem isso. Estou com um bocado de dores, ouvi há bocado, circunstância, frequentemente inanimada nas estatísticas, e nesse sentido, esquecida da realidade atrozmente sagaz dos seres humanos que me rodeiam. Não seja por isso. Continuo a projectar a estruturação de uma loucura frequente, eivada de um ginásio mental, entre outros, quero andar à bulha, treinar os meandros da dor em segmentos televisivos, eu sei bem que as crónicas são dependentes de um sinal exterior, dos comentários impressionantes de esclarecida ignorância de seres humanos (ditos) normais (entre outros), sendo normal (deixem passar) tudo isso, mas do meu ponto de vista, existem pontos de vista (deixem passar) fodidos pela irregularidade dos olhares, evidentemente  indiscutíveis,  não havendo discussão (possível). Não respeito todas as opiniões, não saí do bando (não confundir com banco) de suplentes para irradiar o meu continuar a jogar, isto meses a fio, após uma infecção grave, estando por demonstrar as demonstração de uma vitória final ou de um campeonato ao rubro. Estou deveras competitivo enquanto morro. Não é para ripostar mas parece-me que estou menos afirmativo e quase menos assertivo. Nem sei se estou realmente em jogo. Tenho vários pontos de avanço sobre mim próprio. Estou em aberto.

domingo, 4 de março de 2018

Agora a sério


Não bastava ter sido engando por um sol (podia ser outro) calorosamente demente, um sol (podia ser outro) que passava, por volta das dez horas e trinta e sete da manhã, uma ideia de sol, quer dizer, luz, calor, merdas assim, mas que, afinal, se revelou tenebrosamente sombreado, batido a vento, escurecido pelas ramas desta (deixem passar) manhã de domingo e, cujo resultado se revelou devastador na forma de uma máquina de lavar com roupa lá dentro; não bastava isso, ainda poderia acrescentar a derrota (não sei se lá iremos) do Sporting (na fruteira das antas), cujo desenlace cósmico ainda repercute em algumas cangostas e num ou noutro sonho do meu antigo vizinho (que se chamava Nestor), cuja apoteose vivencial mais vistosa terá sido o seu chamamento aos pombos, todos, sem excepção, baptizados com a graça de atletas do Sporting. Não é fácil ultrapassar estas barreiras respigadas pela fortuna (dizem-nos) do acaso, ainda por cima, e aqui estamos próximos de um nível de língua informal, num santo domingo, dia de limpeza da casota, quando o jugo (não sei se lá iremos) do trabalho o permite, bem entendido, o que é o caso, um dia apenas, coincidente com um santo domingo, nada mal, para começar a planear um suicídio à romana (não se trata aqui da cantora, pois não?), ou um atentado a um guichet (daqueles antigos) de uma repartição das finanças com material incandescente, embora seja sempre possível recorrer à memória, revisitando aquela exposição sobre instrumentos da inquisição, instrumentos cuja imaginação prova, ainda hoje, santo domingo, que a idade das trevas (uma falácia) iluminava os espíritos à luz de criativas manobras de tortura. Uma vez em Coimbra, lembro-me bem, à volta de uma mesa bem regada com bebidas devidamente atestadas por (um) Rimbaud (ainda jovem, presume-se), bebidas da temporada no inferno, bem entendido, apostávamos risadas sobre torturas imaginárias, e alguém avançou (terei sido eu?) com aquela do tubo no cu, depois introduzindo-se o respectivo arame farpado, retirando-se em seguida o tubo, imaginem, retirando-se em seguida o tubo e ficando o arame aconchegadinho, nada disto se serve frio a um domingo, temos sempre coisas a fazer, passar rente a uns blogues novos, gente que escreve verdadeiras dissertações de mestrado (agora as dissertações de mestrado têm umas trinta páginas mais anexos – eu sei disso), sobre literatura asfalto gótica anglo saxónica e névoas adjacentes, crítica literária (diz-me aqui ao lado o meu amigo imaginário… sociologia da literatura?), servida em doses intelectualmente direcionadas, e cujo veneno destilado apenas atinge um ou outro ramo caquético do meio literário (isso existe? -  já respondo), um milieu que se restringe a Lisboa e a alguns urinóis, estes últimos também disponíveis na província. Trata-se de tentar arranjar um choio fixe, não é Luís Miguel Rosa?, um choio com passagem estreita por alguns almoços, armários e beliches, às vezes em inglês, e tudo eivado de um acúmen (a sério) que não deixa margem para dúvidas: vai lá chegar, não tarda. Também queria ir, mas agora vou mas é tratar de cozer a chouriça de ossos para acompanhar o caldo verde, quer dizer, já o fiz, estava muito bom, mas dá um final do caraças a este santo domingo. Eu já volto com a análise crítica literária da análise crítica literária.