domingo, 23 de fevereiro de 2014

dia não sei quantos vamos lá inventar um número para isto domingo: introdução

Um dia qualquer Raul Brandão escreveu assim: para não morrer de espanto, para poder com isto, para não ficar só e doido, é que inventei a insignificância, as palavras e outras merdas. As outras merdas são da minha inteira responsabilidade. Isto num domingo de manhã, antes de proceder a uma actualização do caralho do diário.
Inventário da semana:
Segunda - a angústia a cavalo de um mal-entendido. Chuva.
Terça - o tal mal-entendido embalsamado e transportado às costas da angústia.
Quarta - uma inquietação não correspondida por qualquer mal-entendido desemboca…
numa Quinta de abas largas já em trasbordo para uma sexta acavaletada na argamassa da angústia, inquietude (deixem passar), sono mal dormido, ausência de musicol que se veja.
Sexta - quase sábado. Continuação do anterior. Nada de leituras a não ser uma ou outra prevaricação a meio da tarde. Maçã ao lanche.
Sábado  Sporting ganha no futebol de onze. Bom almoço. Passeata. Bom jantar. Bebidas a dar com um pau. Ruminação da semana até vir à boca.
Dormindo em sintonia domingueira - limpeza da casota. Rosca a dar para o quente e chá preto. Livros. Escrever que um dia qualquer Raul Brandão escreveu assim…

sábado, 22 de fevereiro de 2014

dia não sei quantos muitos ao sábado: a energia inabitável

Sai de cena Wittgentein. Alguém se esquece de um "S". A cortina não esconde aquilo que vai revelar proximamente. Numa página qualquer alguns caracteres anunciam que certos jovens acabam por morrer na época da escola porque a alma os abandona. Alguém escreve na margem dessa página qualquer que nunca saiu da escola e anda por aí com a alma às costas e por isso e tal. Alguém (outra vez?) se esquece de uma vírgula. Entretanto é sábado e faz de conta que está sol. 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

dia não sei quantos domingo e muitos: zzzzzZZZZZZZzzzz

zzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ com direito a tónico limpez[zzzz]a da casota, desvario em forma de passeata junto aos cadáveres de supostas edificações, faz falta caminhar junto a cadáveres, ao mesmo tempo que não faz grande falta se não o fizermos, quer dizer, entretanto, dois ou três pensamentos assumem [assumiram?] um volume apenas compaginável  nas grandes obras (literárias ou o caralho) que nunca, mas nunca, vêem a luz do dia, com estragos a dar para o torto que se sabe. Depois correu bem. Foi bom. Nada funciona da mesma forma que já não funcionava (deixem passar) . A frase do dia não irrompe antes de verter um sortido de merdas que não auguram a sua sequência. Vamos a isto. Não sem antes ir àquilo. 

sábado, 15 de fevereiro de 2014

dia não sei quantos três mil e outros tantos sábado: ainda sou daqui

Um dia Carlos Díaz Dufoo (fillho), estando por Paris sem sair do México,  escreveu assim: no seu trágico desespero arrancava brutalmente os cabelos da sua peruca (obrigado, Vilamatinhas). [zzzZZZZZzzz]

domingo, 9 de fevereiro de 2014

dia não sei quantos domingo outra vez: e vão duas ou mais

Dir-se-ia que a situação ocorria (ou havia ocorrido?) algures entre a cabana do Ludwig Wittgenstein e a cabana do Henry David Thoreau (tudo dentro da minha cabeça, mas não digam nada), mas não, nãaaaao, a situação ocorria (ou havia acorrido?) algures entre a casa da ladeira e uma outra situada (deixem passar) a algumas léguas, não muitas, naquele local em que os humanos são obrigados a olhar para cima. Da situação propriamente dita não existem registos com fiabilidade suficiente para nos debruçarmos sobre os mesmos sem riscos de queda, vai daí, teremos que nos socorrer de outras vertigens em forma de palavra para darmos um sentido único a esta posta. Nesse sentido (deixem passar), o melhor será descer dos montes estéreis da sensatez para os vales verdejantes da tolice, como escreveu um dia Wittgenstein, mas sabemos que os homens [isto na sua maioria] levam vidas de sereno desespero, como escreveu um dia Thoreau. Manda a sabedoria canina [mais o Thoreau] que a gente não desespere com as coisas. Não é fácil. A que horas é o jogo?

imagem da cabana de Wittgenstein


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

dia não sei quantos à terça: com ponto no com

Tem dias, mas todas as categorias do servidor assinalam este momento como: único. Na verdade… olha aí a vírgula, não se tem lido quase nada, para não dizer nada, é a ressaca pura, pura e dura, culpa de ninguém, responsabilidade do caralho, isto para não ir a outras lonjuras (é assim?) que ruminam merdas não realizadas que dariam para papar um TIR do comboio dos duros. Apesar disso, ou nem tanto, nenhum púcaro se desmarca da fonte, é uma cena fodida que não transmite qualquer sinal a roçar sequer qualquer veleidade (deixem passar) de sabermos o que fazer a seguir. Isto aproximadamente. Eu já volto…