Logo pela manhãzinha, no
escuro, ainda no escuro, pensamentos amodorrados, pensamentos entredentes,
aquela membrana ténue entre o dormir e o acordar que se vai - neste caso -rasgando
aos poucos, semelhante àqueloutra que os surrealistas ambicionavam capturar
antes do dormir, o corpo dormente, a mente vai-não-vai, pois foi nessa altura,
acho, que escutei uma voz, temos planos, disse, não, qual é o plano das festas?
– terá dito, acho que foi isso, e eu, tu queres ver que temos um propósito ou
dois… onde, onde?, escutei claramente vindo do interior do meu cérebro. Nesse
momento podem adivinhar o estado de espírito em que me encontrava. Entretanto a
manhã pariu umas compras na mercearia, uma assistência técnica por mecanismo de
garantia, um estacionamento e bolos. Na rua passeavam flores com seres humanos
acoplados. Amanhã é dia feriado. É assim até ver.
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