domingo, 7 de outubro de 2012

dia não sei quantos 94: ramificações longínquas


Vendo bem as coisas, oftalmologicamente e metaforicamente e não só, cada dia começa e acaba sem reproduzir um percurso específico, na verdade, cada dia é um atalho, ou pelo menos uma tentativa de atalho, um empreendimento abreviado, onde um corpo, entre vários corpos, pratica um jogo invisível num determinado espaço/tempo. É um lume brando apenas por que o gás está a chegar ao fim [representação estilística apenas para quem tem/usa bilha/botija]. 
Entretanto, não posso precisar especificamente (peço encarecido que deixem passar os pleonasmos), em que ponto do tempo redondo li qualquer coisa sobre um céu muito azul e uma terra castanha com pedrinhas, um recinto de silêncio, ou isso, nem em que tempo do tempo redondo enviei três currículos, apenas os currículos e respectivos e-mails, e depois um desses e-mails com currículo veio recambiado porque do outro lado não existia nada, e eu fiquei a pensar, julgo que terá sido assim, fiquei a pensar que se calhar deste lado também não existe nada. Mas posso estar enganado.
Do resto o que me lembro mais é de um robe de chambre e de alguma comida sólida e de alguma comida líquida (alguma com regime etílico não considerado alcoólico na Rússia). Mas posso estar enganado. 

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