segunda-feira, 8 de outubro de 2012

dia não sei quantos 95: nasceu-me a razão?

Acho que começava por cortar os pulsos para beber o (próprio) sangue com vodka, fazer uma bloodka, na boa, acho que começava assim o sonho, para dizer verdade não sei se era bem um sonho, por vezes, já tentei explicar isso mesmo, por vezes, não distingo com a clareza necessária o real do não real, empacotando a coisa numa espécie de carrocel surreal, coisa que os surrealistas não desleixaram, suponho. Tenho livros sobre isso. De qualquer modo, dei por mim, a páginas tantas nocturnas, fodido, fodido para perceber como quarenta e cinco minutos de futebol, podem cooperar para, cada um à sua maneira, desmistificar a evolução do ser humano, assentando-o no final, bem no final, da cadeia que este supostamente encumeia.
Não satisfeito, o destino, ou isso, hoje pela manhã, pelo final da manhã para ser mais consistente, desfecha mais esta bordoada, no inútil. Como diria o Rimbaud: “escravos, não amaldiçoemos a vida”.






[Arthur]


[não estou calmo]


4 comentários:

  1. bebe um pouco de vodka ou água
    e poupa no sangue :)
    keep calm

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  2. Até o Rimbaud já está ao desbarato. E logo ele...que se estava a cagar.

    keep calm no resto parece-me bem...

    ah e obrigado pelo link

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