segunda-feira, 15 de outubro de 2012

dia não sei quantos 102: arrochada mística

É preciso reconhecer que acordei com a sensibilidade de um bloco de mármore em bruto, talvez mesmo de um paralelepípedo, ou isso, o que na conjuntura actual, passada e mesmo futura, não seria nada de significativo, passaria incólume até, eu diria, e passaria incólume, ainda mais, no contacto aproximativo com outros seres humanos, e tal. De qualquer modo, ocorreu, por obra e graça, não se sabe se por obra se por graça, de qualquer modo sucedeu(-se-lhe), uma mudança significativa que me aproximou aos poucos de um, vamos lá, ainda bloco de mármore, mas já trabalhado, já artisticamente e significativamente adornado - e é preciso ver que mesmo um bloco de mármore em bruto tem que se lhe diga -, onde se se olhasse bem germinava aqui e ali um rasgo de determinação, de concepção petiscadora e, bem lá no fundo,  medrava uma ideia. E pronto.



[Entretanto não sei se já estava a correr - e se serei um shandy (?) - vou ali perguntar ao Vila-Matas]   

3 comentários:

  1. Bom dia :)
    É auspicioso ser de mármore :)
    se fosse de granito era muito mais duro:)

    boa sorte :)

    ResponderEliminar
  2. bom texto, sim senhor. n conhecia o blog.

    Boa sorte

    Anita

    ResponderEliminar