sábado, 20 de outubro de 2012

dia não sei quantos 107 e tal: o caralho de um sítio onde pousar a cabeça

Escreveu assim um dia o António Pina: “Só quero um sítio onde pousar a cabeça./ Anoitece em todas as cidades do mundo,/ acenderam-se as luzes de corredores sonâmbulos/onde o meu coração, falando, vagueia.” Cheguei tarde ao Pina, como chego sempre tarde a todo o lado, quase sempre é assim, mas às vezes, às vezes, lá lia a sua coluna no JN, quando o JN estava por perto, o que não é sempre. Cheguei tarde ao Pina, mas ainda vou muito a tempo da poesia. Cheguei apenas tarde, só isso. 

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