quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

dia não sei quantos 238: a cabeça como uma casa de putas*


Está tudo bem, não estou muito calmo, dormi com verdadeiro sentido de estado ao ponto das articulações começarem a cantar o grândola, depois então foi um acuda-nos para o aquecimento e quando fui correr acreditava piamente na possibilidade de uma guerra fratricida entre os músculos e o cérebro, mas a coisa foi com o vento a dar-lhe nas fuças do peito, vinte e sete minutos de fuças peitadas ao vento, mais vinte minutos de qualquer coisa com consequências físicas ainda não declaradas, nem devidamente estudadas, já aí temos uma comissão de inquérito para atestarmos a inutilidade de tudo isto. Entretanto subi a ladeira a pensar na minha vida, carruagem única, nem do estrangeiro se pode mandar vir peças, e que o melhor é saltar de cabeça para dentro do presente irreversível, como sugere o Bohumil, ou isso.  Até ver é isso. 

[*este título é mais ou menos da responsabilidade de Venedikt Erofeev, um gajo Russo]

6 comentários:

  1. isto vicia:)

    enquanto as articulações cantam o grândola o melhor é saltar para o presente irreversível...

    dama de copas

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    1. :)

      se vicia, já é um princípio:)

      declinamos qualquer responsabilidade:)

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  2. fabuloso, ou isso:)

    ui, o Venedikt Erofeev...o gajo que ia dar sempre á estação de Kursk...:)

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  3. heheheheh
    Maravilhoso

    Dormir com verdadeiro sentido de estado
    (deve ser uma canseira)

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