segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

dia não sei quantos 214: do verde abrigo, em força


A cena do Hölderlin que começa assim: todos os dias saio em busca de algo diferente, depois continua assim: Demandei-o há muito por todos os atalhos destes campos; / Além nos cumes frescos visito as sombras, / E as fontes; o espírito erra dos cimos para a planície, / Implorando sossego; tal como o animal ferido se refugia nas florestas, / Onde antes repousava pelo meio-dia à sua sombra, fora de perigo; / Mas o seu verde abrigo já lhe não dá novas forças, / O espinho cravado fá-lo gemer e tira-lhe o sono, / De nada servem o calor da luz nem a frescura da noite, / E em vão mergulha as feridas nas ondas da torrente. / E tal como é inútil à terra oferecer-lhe a agradável / erva curativa e nenhum zéfiro consegue estancar o sangue que fermenta, / O mesmo me acontece, caríssimos! Assim parece, e não haverá ninguém / Que possa aliviar-me da tristeza do meu sonho?
Eu poderia eventualmente continuar mas tal se afigura de todo impossível, o Hölderlin na cena do pranto de Ménon por Diotima é bem gajo para nos deixar com a cabeça toda fodida, ou isso. 

[entretanto, após a leitura de um clássico...eh...eh... fui correr com a minha segunda pele: tralalalala.]

6 comentários:

  1. boa semana:)

    e boas músicas...sempre a bombar

    jinhs

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  2. ...nem sempre a dar-lhe...

    boa semanazzzzz:)

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  3. Ah, where will I find
    Flowers, come winter,
    And where the sunshine
    And shade of the earth ?
    Walls stand cold
    And speechless, in the wind
    The wheathervanes creak

    com os alemães todo o cuidado é pouco :)

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  4. :)

    Weh mir, wo nehm´ ich, wenn
    Es Winter ist, die Blumen, und wo
    Den Sonnenschein,
    Und Schatten der Erde ?
    Die Mauern stehn
    Sprachlos und kalt, im Winde
    Klirren die Fahnen.

    [no google todo o cuidado é pouco:)]~

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