quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

dia não sei quantos 160: O caso, o plano, a estratégia e o amante dela


O caso não tem entraves, na realidade, o caso é seguramente um caso decididamente escangalhado, se o tentarmos explicar à luz de um racionalismo acrítico, uma cena que o Popper, enfurecendo-se (e não seria para menos), ruminava ao desbarato, notámos uma vertente tremulante, perspectivada apenas de um dos lados, a qual não condiz com nenhum caminho humanamente exequível, pelo menos deste ponto da humanidade onde observámos os fenómenos à contraluz. O plano que exonera o caso dir-se-ia órfão de estratégias que congeminem o plano ao mesmo tempo que amamentem o caso. Duas situações, quando muito três que, convergindo, divergem, paradoxalmente inseridas no mesmo contexto e no mesmo invólucro – um cérebro demasiado distante e razoavelmente próximo de qualquer realidade, mesmo imaginada – normalmente estatelam-se contra as tabelas. Explico: salvo orientações específicas do âmbito do etéreo, qualquer plano estratégico contaminado por casos, ainda que pontuais, redunda, naturalmente, numa ofensiva inócua contaminada de danos colaterais, cujos impactes, asseguram-nos, não são de todo previsíveis. A olho nu, a démarche, a existir!, deverá valer por si própria. Por outro lado, registe-se, o resultado oposto não deverá constituir qualquer surpresa. Agora pensa nisso. 

2 comentários: