domingo, 2 de dezembro de 2012

dia não sei quantos 150 e picos: sunday morning nem sempre é easy


Declarar interesses é como escrever cartas abertas: um anacronismo quase dandy. Eu cá estimo a terceira pessoa do singular, aprecio metáforas e pleonasmos e vou à bola com o tratamento formal, ou o caralho, posto isto, o domingo de manhã – para além do pão fresco e de um aspecto lateral da limpeza da casota – encerra pasto para silêncios inoxidáveis, também se pode(rá) começar a ler, podes começar a ler por aí fora, ou, pode começar a ler por aí fora, um livro, um bom livro é sempre um cadáver adiado, como nós, indexado à palavra fim, e por isso é por isso que prolongas a coisa, quer dizer, não será apenas que é comum tentar prolongar a coisa, mas acontece, acontece amiúde, há até quem diga aquela cena do bom naco de prosa, mas poderá eventualmente  nem ser um naco, como aquela tipa que gostava muito de ler mas apenas livros que não fossem muito grossos ou pesados (aqui há sempre uma analogia brejeira mas necessária), e logo um tipo fica assim a pensar que a literatura light, easy como uma manhã domingo (isto é Faith no more mas é Commodores) muitas vezes se apresenta em calhamaços pouco dúcteis, ou isso, mas porquê? Mas porquê? E fica a pensar. 

4 comentários:

  1. Adoro as manhãs de Domingo :)
    como também gosto de Livros pesados no sentido literal :)

    continuação de um bom Domingo :)

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  2. tem dias...quer dizer manhãs:)

    e um dia ainda teremos... o concurso de arremesso de livros:)

    um bom domingo, claro!

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  3. fabuloso:)
    o cadáver adiado...dava um título...ou mais:)

    um abraço

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  4. :))
    dava para um almoço rápido, não?

    boa semana, ou isso...

    [história do anarquismo...tenho isso e muito mais...]

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