segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

dia não sei quantos 186: tenho evitado pensar nisso


Correr atrás do prejuízo, mas onde está o prejuízo?, lá fui correr sem saber onde é que parava o prejuízo, esta cena dos ditados, dos aforismos, parece que as boas contas fazem os bons amigos, mesmo em estado grave, e essas contas que te avisam amigas são, pensava nisto, escutava You la Tengo – outra vez a merda dos you la tengo?, contra a maré, o sol doidivanas a aquecer as hostes, miríades de pensamentos a tentar formar caudal ofensivo, o cérebro a resvalar inexoravelmente em cada esquina neuro sensorial, esquemas rotativos a surgirem do nada e as pernas a darem de frosques com o peito a ruminar catarradas, ou isso. Disfarçadamente, um corpo transportava-se além, primeiro a ponte aérea, paragem, depois o trajecto inanimado pelas tascas, a cidade toda a tasquear, chusmas de passeantes sem rumo, esplanadas a debitar imperiais, finos, garrafas a gosto, misturas, o sol a dar para o torto, paragem, cuidado com o Favaios à direita, com licença, a estrada de paralelepípedo, sonhos a brotar da calçada, sonhos esmagados na calçada, um corpo sobe ainda, a ladeira enfim, se rebola, se cai, agora. Depois ainda sol, a desmama da manhã, a sopa de legumes e um enlatado gourmet [risinhos] para destapar a marosca ao dia. Mais uma resposta a um anúncio, repetição, o mesmo de quando?, já terei respondido?, não seria o tal?... as vozes vinham agora de longe, não sei porquê apeteceu-me ver o Elephant  mais uma vez, aquele cena da moça de fato-de-treino a olhar o céu, a cheirar a morte?, sei lá…estou confuso.

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