segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

dia não sei quantos 207: a nuvem móvel de inimigos desaparecera misteriosamente


Também ando na peugada de mim próprio, um matreiro nem sempre fácil de não encontrar, com laivos de paranóia introspectiva, excessos de solidão demarcada, cujos contornos apenas um futuro incerto como o caralho poderá eventualmente descodificar, isto antes de a fita com a informação se autodestruir. Por exemplo, sair da cama, subir a ladeira, fazer a tal cena para ver se existe a possibilidade de respirar melhor e andar pelos prados durante a primavera,  descer a ladeira, dar duas de treta, vestir a roupagem SOS corrida, respirar, começar a correr, milhares de pensamentos acoplados a esse corpo que já corre, aí vai ele, agora estamos a observá-lo de fora, burlesco, para não dizer mais, aí vai, abana todo, tosse, olha o braço com a informação supostamente descodificada, arde-lhe, agora já estamos outra vez dentro, paro de correr, alongamentos, ou isso, subo a outra ladeira, é outra ladeira. Fecho a porta. Olho para trás para ver se sou seguido. Népia. Nada?









[uma história em quadradinhos]

6 comentários:

  1. Maravilhoso :)
    existe mesmo uma ladeira ?!

    Uma boa semana :)

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  2. bestial:)

    os teus dias (ou a escrita dos teus dias?), são muito interessantes:)))
    boa semana

    jinhs

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  3. fabulástico, no mínimo:)

    Killing Geronimo:)

    abraço e boa semana

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  4. suspeito no acto:)

    killing in the name of:))

    atés...

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