segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

dia não sei quantos 200: duzentos mais qualquer coisa


Especulo e escondo, farto de pesquisar infatigavelmente as zonas de sombra do conhecimento humano, acho que foi Vila-Matas que nos veio com estas merdas, especialistas em estranheza, ou o caralho, mas não saio da cepa torta, resmungo letras, congemino mudanças, penso em montes de merdas, não vou fazer isto, vou fazer aquilo, e o tempo passa, olha o tempo ali a passar, mas não se vê, parece que somos donos de uma data de merdas entre elas o tempo, a imensidão toda no bolso roto do casaco. Leio o “Diário de um homem supérfluo” de Turguéniev, logo no início um homem (não sabemos ainda o seu nome) fica a saber que está a morrer, desenganado pelo médico, percebemos que começa um diário e escreve: Diz-se que diante da eternidade, tudo são bagatelas, sim; mas neste caso a própria eternidade é uma bagatela. Parece-me que estou a cair na especulação (…), terei sorrido uns segundos, tudo se subordina à perspectiva, à vertente onde instalados observamos as coisas, difícil é encaixar a graduação das dores e por aí fora. Pura especulação...

[de manhã fui correr a custo…]

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