sábado, 24 de novembro de 2012

dia não sei quantos 142: aparente especialista em estranheza


Isso já vem de ontem, a cena do Menino, um conto do Vila-Matas nos Exploradores do Abismo, deu-me para reler aquilo, a antessala do vazio, mas também o mercadejar das angústias, ou isso, coisa com pano para mangas, capaz de nos por a andar horas a fio pela cidade, penso que no campo o efeito será o mesmo, estava a ruminar tudo bem ruminado, quando a manhã (isto já foi hoje) entrou pela janela, as frinchas de luz peneiradas pelos estores insinuavam gotículas de chuva, foda-se, pensei, esta merda está cheia de poesia, logo o pensei assim o disse em voz alta, esta merda está cheia de poesia, e ala que se faz tarde para o desenjoo. Entretanto, viajo por florestas Laurissilva, o que é uma redundância, a internet é assim, ruas com mar nas bordas, janelas que não servem (apenas) para o suicídio. Nunca se deve mercadejar com as angústias. 

4 comentários:

  1. as ruas com o mar nas bordas, muito fixe, todo o texto...posta boa

    hip hip

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  2. obrigados pelo link e respectiva visita:)

    um bom dia

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  3. :)

    está um bom dia como a merda, gosto de dias assim, como a merda..
    agora vou ali limpar a casota:)

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