quinta-feira, 22 de novembro de 2012

dia não sei quantos 140: sonhos


Nem sombra do sonho. E ao acordar, após uma luz suave entrar sorrateira no quarto, abri o livro e lá estava escrito que o “sonho ramificou-se noutro sonho antes de eu acordar”. Quem acordava era Borges em “1983”, e ali apenas estaria o seu fantasma, queria dizer-lhe isso mesmo, mas achei que não, ele provavelmente não sabia, e como ele próprio havia escrito, acho,  eu também não tive medo, senti apenas que era “impossível e talvez indelicado revelar-lhe que era um fantasma”, ou isso. Levantei-me a tempo de um chá com uma torrada e fui correr ao som de Death in Vegas. Foi isso. 

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