segunda-feira, 12 de novembro de 2012

dia não sei quantos 130: serviços mínimos?


Um, dois três, quatro e-mails com Vitae incorporado, um deles com carta de apresentação motivacional e tudo, mais uma resposta directamente através de um site e tal, muito obrigado, irá receber no seu e-mail um comprovativo, fico a aguardar, já está. Na realidade e em verdade vos digo, sigo todos e vários trâmites, desde o telefonema balofo para meter a colherada algures, ao telefonema maquiavélico de subúrbio para dar a entender não sei o quê e saber coisas não se sabe muito bem sobre o quê, também ando pelas ruas – esta é uma sugestão centro de qualquer coisa emprego, contada algures, contada ninguém acredita –, ando pelas ruas, juro, porque parece que nas ruas se encontram pessoas, a ver vamos, e depois com essas pessoas podem acontecer conversas e sabermos coisas, e assim ando pelas ruas ao amanhecer nem tanto, mas ao entardecer gosto, mas já gostava dantes, sempre que podia andava pelas ruas, ao amanhecer nem tanto, só de directa. No tempo em que era um desempregado em part-time (também já fui muito empregado em full-time) e fazia biscatada técnica para além de outras coisas, como fazer o trabalho que outros apresentavam como seu, recordo-me que era, de certa forma, mais bem-aventurado, não sei porquê, e mais inocente, ou isso. Agora serviços mínimos, o caralho!, eu desunho-me, ou nem tanto, serviços mínimos, o caralho.  

3 comentários:

  1. Muito interessante, não apenas este como os artigos anteriores. Uma forma diferente de escrever e de falar um cpouco sobre a condição de desempregado. Vou voltar.

    P.Araújo

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  2. Com o teu talento (és proprietário de um grande blog :)
    vai tudo correr bem :)
    mais dia menos dia vais arranjar trabalho.

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  3. claro, claro...
    Já agora, muito obrigado(s):)

    Quanto a talento e afins, para não falar de “propriedade”…acho que estamos conversados...
    boas noutes


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