domingo, 4 de novembro de 2012

dia não sei quantos 122: nada, salvo o erro


Afinal estava sol: e o dia principiou tardiamente, horizontalmente emparelhado a um jornal e a dois ou três pensamentos, tudo culminado numa observação funesta e sem rasgo do mundo lá fora, parece, que nos rodeia. Acho que foi isso. Depois, o desenjoo a caminho do chá e da torrada, onde é que eu já vi isto?, devo ter ruminado, enquanto ligava a aparelhagem num gesto certamente autómato, de passagem para outros, ligar o gás, ver do pão, olha está ali, manteiga, aquela cena do frigorífico representar trinta por cento dos gastos em energia por mês, contas feitas por um tipo através de um programa que criou, as coisas que estes tipos cogitam, a televisão a entrevistar o tipo, milhares de tipos e tipas de boca aberta em casa, aah, pensava nisto quando na rádio passou uma cena dos, juro, Jethro Tull, mil anos naquele momento, dir-se-ia, mil anos para mais. Depois semi-limpeza da casota, uma barreira de luz a desencaminhar-me para o espaço comercial, uma lista no bolso, não, uma listazinha na cabeça, um pé lá e outro cá, duche, bandulho cheio, uf, que horas são? Afinal estava sol.   

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