quarta-feira, 10 de abril de 2013

dia não sei quantos 279: não faças avarias


Mais informamos que a nossa total e absoluta (deixem passar, deixem passar) resiliência, o que eu gosto desta palavra – e não havia meio de a utilizar – se encaixa num estado de espírito que se harmoniza historicamente com um desvario cujo desenlace se entrevê em pequenas frinchas mal iluminadas do nosso universo, incluindo a ladeira. Temos reflectido igualmente sobre a temática do embrutecimento como uma das belas-artes, relembrando que nem sempre estas reflexões se traduzem numa grande carga horária semanal e, como bem se sabe, não seria preciso o Nietzsche para nada, em tempo de paz o homem com espírito guerreiro volta-se contra si mesmo, ora, como os homens de espírito guerreiro escasseiam como o pataco no bolso, os restantes voltam-se contra os outros restantes, de sorte que ficando frente-a-frente estaremos na iminência de mais uma chispalhada na ponte e de mais um potencial recorde mundial. Recuperando a primeira pessoal do singular, bebi um chá verde com torrada, estive a ler umas merdas, continuo inculto, mas leio muito, está bem, não me fodas a cabeça Salinger. E da parte da tarde tenho um propósito, ou isso.   

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