terça-feira, 14 de maio de 2013

dia não sei quantos 313: a mancar da cabeça


Hoje não carrego nenhuma muleta literária sociológico filosófica, um amigo do Cão costumava (ainda o fará?) carregar a muleta da sede, muito proveitosa para naufragar, às vezes ainda escutávamos as borbulhas do naufrágio enquanto andávamos sem destino nenhum. Não, tardo… e trago o tédio da ausência de trabalho, da degenerescência da disciplina, diferente daquele tédio literário, o L’ennui, ou isso, acho até que este tédio tem cor, é branco, escorre como plumas brancas pelas paredes, muito conveniente para nos enlouquecer. Recuso-me, leio, vou correr, não vou correr, vou flanar, esgaço uns biscates técnico, onde estão os biscates técnicos?, bebo umas cervejas, por falar nisso, também posso fazer outras coisas, o Cão já fez tantas coisas nas vida, recuso-me, tanto afastar esse rumo ao bolor, sinto saudades dessa elegância da alegria. Mesmo cheiinha a alegria é boa. 

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