segunda-feira, 13 de maio de 2013

dia não sei quantos 312: a curva opulenta dos sentidos [risinhos]


…Tivemos que modificar o conteúdo desta posta já com a vertigem da última hora. Não explico. Isto é, o Cão esqueceu aquele início enigmático sentido por volta das dez horas e picos da manhã, o mesmo início enigmático que ele julgou que se recordaria mais tarde, isto após uma transumância de pensamentos, após o desenjoo e da corrida com fôlego de passeata, da volta da ida, da ladeira, o Cão saberia com certeza dar a devida sequência àquela ideia. Sucede que o Cão não se recorda nem vagamente da puta da ideia, da coisa, da cena, teria sonhado? Para mantermos o nível das postas, tivemos que recorrer ao George Steiner que escreveu: se fitarmos o medonho com demasiada insistência, acabamos por nos sentir insolitamente atraídos pelo medonho. Obviamente que isto serve para outros fitos e outras observações (deixem passar), mas o título do ensaio é lindo em qualquer lado, chama-se “No castelo do Barba Azul – algumas notas para a redefinição da cultura”. Estamos salvos.

9 comentários:

  1. Estamos salvos com estas postas: excelente:)

    boa semana

    jinhs

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  2. Um cão com cultura faz diferença ;)))

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    1. :)
      um cão faz sempre a diferença:) a cultura é hoje um conceito (deixem passar) opaco :)

      eheheheh

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    2. Hehehehe
      Uma limitação da tua caixa perante o gadjet que utilizo por vezes ;)))

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  3. o esquecimento criativo:)

    interessa o espanto de todos os dias, a cultura é (hoje) um conceito nómada, dá para tudo e o seu contrário:)

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    1. :) não suspeito:)

      mas isto interessa, é vital:
      Comecei por pensar nisso: as possibilidades. Encontrava-me refastelado na cama e as possibilidades por ali andavam, uma, duas, três, quatro, cinco bem vistas as coisas, cada uma isoladamente (deixem passar) assemelhava-se estranhamente à peça de um puzzle, mas não seria de todo correcto observá-las à luz puzzleniana de um Peret ( a cena do desafio opaco), porque cada uma destas projectava um caminho independente das outras, independente até do conjunto. Pareceu-me. Estranhamente, neste caso, o todo (seria o todo um conjunto de peças?) desfazendo-se não se configurava em nenhuma das peças, quer dizer, das possibilidades. Foda-se, ou o puzzle está mal feito ou nunca existiu. Inclino-me até cair para a segunda hipótese (...) Parece-me que o país do Cão é uma daquelas fotografais postais, pôr-do-sol, contraluz, linha do horizonte, cliché, antes fosse uma fotocópia a preto e branco, ou um reflexo embaciado ao espelho, mas com menos vazio lá dentro.

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