sábado, 11 de maio de 2013

dia não sei quantos 310: o desafio, perdão, o vazio opaco (deixem passar)


Comecei por pensar nisso: as possibilidades. Encontrava-me refastelado na cama e as possibilidades por ali andavam, uma, duas, três, quatro, cinco bem vistas as coisas, cada uma isoladamente (deixem passar) assemelhava-se estranhamente à peça de um puzzle, mas não seria de todo correcto observá-las à luz puzzleniana de um Peret ( a cena do desafio opaco), porque cada uma destas projectava um caminho independente das outras, independente até do conjunto. Pareceu-me. Estranhamente, neste caso, o todo (seria o todo um conjunto de peças?) desfazendo-se não se configurava em nenhuma das peças, quer dizer, das possibilidades. Foda-se, ou o puzzle está mal feito ou nunca existiu. Inclino-me até cair para a segunda hipótese.Entretanto, antes de ir à mercearia, estive a ler esta carta. Parece-me que o país do Cão é uma daquelas fotografias postais, pôr-do-sol, contraluz, linha do horizonte, cliché, antes fosse uma fotocópia a preto e branco, ou um reflexo embaciado ao espelho, mas com menos vazio lá dentro. 

2 comentários: