Ora aí está, o mundo a banhos com a determinação sazonal possível,
belicamente dissecada em análises jornalísticas e arremessos sociológicos
castiços, tudo junto no bote televisivo e numa esplanada perto de si, não
contando com os jogos. Parece que há menos gente, e menos gente ainda nos
restaurantes, e menos gente a comprar coisas que não precisa por aí além,
faz-me logo pensar como é que era possível, sim, como é que era possível, tanta
gente, tantos restaurantes, tascos, devaneios, casas, alugueres, passeios às
longínquas ilhas de sol sem se sair do hotel. E depois o cinema em casa, a
reportagem das vacances: milhares de fotos e vídeos e vídeos de gente a tirar
fotos, como nos casamentos em que ninguém se diverte, e muito menos se divertem os
noivos, estranhos manequins. E depois a praia, como escreve o Vian para as piscinas: “É
preciso que se diga, com pesar/ As mulheres belas nuas não coincidem jamais/
Com as beldades vestidas/ Existem naturalmente excepções/ A minha mulher, para
começar. A sua também/ Se tiver escrito estas linhas/ Mas eu cá não acredito,
mente como eu respiro”. Parece que era sobre
DELIGNY.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
dia não sei quantos 34: a gosto
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