A desorientação preenche todos os
interstícios, acomoda-se a cada osso, a cada músculo, tornando-se ela própria
movimento, locomoção e, por fim, pensamento. Coisas aparentemente fáceis
afiguram-se arremessos esgotantes, um momento ou um instante reproduzem
trabalhos hercúleos, a comunicação começa a ser um roteiro perfeitamente
definido por homúnculos instalados no cérebro. E o pior é encontrar alguém na
rua, no meio de dois mil pensamentos, ou mesmo ver alguém ali ao… longe, e já
tão perto, que dizer?, que fazer?,
continuar ou seguir pela transversal? O tabuleiro és tu próprio, e as peças
de ambos os campos és tu, e és tu que jogas, aparentemente jogas-te a ti
próprio numa batalha absolutamente impossível de ganhar ou de perder. Assim tens
sempre razão, é o que é.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
dia não sei quantos 54: aparentemente está normal
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