terça-feira, 17 de julho de 2012

dia não sei quantos 19: poesia


Zumbem as moscas. Leio Al Berto assim: ouve-me/que o dia te seja limpo e / a cada esquina de luz possas recolher/ alimento suficiente para a tua morte/. É um “recado”, horto de incêndio. Na capa do livro Al Berto cobre o rosto com as mãos. Penso que talvez, talvez, apenas uma espécie de poesia nos possa salvar. Salvar da estupidez e da imbecilidade. Lá fora aquece, aquece muito. Zumbem as moscas no horto de incêndio. 

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