Não sei bem porquê, mas a coisa começou por correr de forma razoável,
para matinal, quer dizer, para matinal de domingo, ali ao lado dia santo, um
tipo sabe dessas coisas, está enquadrado numa cena base judaico-cristã, mas com
o lastro anterior greco-romano, o que nos permite outras veleidades, para usar uma
linguagem futeboleira, ou isso. Depois de encher o canastro de filmes, consegui
a proeza momentânea de deixar de pensar, quero dizer, pensar muito, pensar
muito em coisas, cheguei-me lá mais para os subúrbios do pensamento, esses
bairros sensíveis, mas que ninguém quer saber e, digo-o com pasmo, adormeci
caritativamente de forma a acamar os sonhos todos num recipiente longínquo. Não
sei se resultou, mas não me recordo de um único sonho, para além de ter todos
os do mundo. É o lastro greco-romano, só pode…
domingo, 29 de julho de 2012
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