Dou por mim entretanto a pensar, pouco original, que
sou muitos, os suficientes pelo menos para uma equipa de futebol com
guarda-redes e tudo. Começou assim a tarde a morrer, sentado na sanita com um
jornal velho nas mãos, reflectindo ainda que também me estão em falta alguns
livros do Ruy Belo, perdoa-me Ruy por tão criminosa associação, mas estou assim,
sabes, meio perdido, enlatado, até já pensei em recomeçar as listas, e é nisso
que entras, logo no topo pode-se ler: obras do Ruy Belo. Depois vou atrás das
outras entradas na lista, não deve ser difícil, talvez arrume uns carros para
comprar livros antes isso que o resto, não? Mas tu entras, até podes fazer
parte da equipa, vá lá, eu já sou tantos, preciso de ajuda, ficas tu e o Sebald
no banco, não o Sebald parece que tem que jogar, algures na lista já lá está,
bem o sei, também é poesia, ou lá como foi, ah já sei, narrativa poética,
chamada “do natural”. E é com
naturalidade que te leio assim Ruy Belo: “ Não caibo nesta tarde que me
desfolhas/sobre o coração. Renovam-se-me sob os passos/todos os caminhos e o
dia é uma página que lida/ e soletrada descubro inatingível como o vento a rua
e a vida”/.
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