quarta-feira, 1 de outubro de 2014

dia não sei quantos três (outras vez?): retomar

Entretanto, de manhã deu-lhe para ler, mas pouquinho, depois de duchar e olhar longamente o sol pela peneira da janela. Depois imaginou-se a construir o túnel, com o Nicha a ajudá-lo como ajudava o outro compincha no tal manuscrito, imaginou-se a esgravatar a terra até além da cidadela e dos montes, uns montes pequenos (mas ainda assim montes), imaginou saídas para sítios estratégicos, pequenas ilhas acessíveis apenas a alguns, muito poucochinhos. Finalmente, esse túnel arredondado, imperfeito, comparativamente, por exemplo, com os túneis vietnamitas da guerra do Vietname (deixem passar), certamente sem a robustez dos seus congéneres medievais, menos versátil que todos os túneis vividos ou sonhados pelos prisioneiros das celas de todo o mundo, esse túnel desembocava (deixem passar) num subterrâneo, muito perto de um outro túnel (muito diferente daquele) que dava acesso a um campo verde rodeado de bancadas com seres vestidos de verde. O Cão e o Nicha, todavia, ficavam-se pelo limite do túnel, às vezes arriscando-se nas bordas do subterrâneo, às escuras, estando ali, dir-se-ia, apenas para sentir (e escutar) o ambiente, o que lhes parecia bastar. De tarde o Cão deu-lhe para ler mais umas merdas, isto antes de sair. 

5 comentários:

  1. esperamos ter livre transito pelo menos para as ilhas:) ser das poucochinhas:)
    bom resto de semana:)
    jinhs

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    1. temos a informação de que existirá um cartão Cão, de acesso ao túnel (e talvez às ilhas):)
      a ver se...

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  2. é mais um caso do túnel:) é preciso fazer cuidado ahahahah
    fabulástico:)

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    1. :))
      este não terá câmaras:) mas estão prometidos alguns efeitos especiais:)

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  3. ... mas o importante não ´o túnel, não, não, nem o caralho do caminho:) o importante é a borda:) e o ambiente eheheheh

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