quinta-feira, 2 de outubro de 2014

dia não sei quantos quatro: permanecer continuando [melhor que continuar permanecendo]

Depois de despachar de forma extremamente violenta o narrador que por cá tem andado nos últimos três quatro dias, conspurcando tempos verbais, sapateando terceiras pessoas do singular, ou terceiros cães no plural – por falar nisso quem é o caralho do nicha?, deu-me para pensar naquela música dos GNR, os pós-modernos, em cuja letra saída da pena bêbada de Reininho se escuta (e também se pode ler) que ser Mãe [reparem na letra grande] era a aspiração natural de todo o homem moderno / ser o melhor é normal [ser o melhor anormal – como eu cantava em tempos] para os novos pobres deste colégio interno [actualíssimo], acrescentando que já agora ter medo é a pulsão fundamental do criador & artista e estar sóbrio é continuar permanecer positivista. Sabemos de um deixa passar que não permaneceu na letra (no poema, arriscamos), todavia… continuando. Não é novidade para ninguém que dantes as máquinas estavam sempre a avariar e que agora continuam e que agora permanecem. Depois fui ler umas merdas e tratar dos bilhetes, não tarda debruçar-me-ei sobre o barranco do positivismo. 

2 comentários: