terça-feira, 30 de setembro de 2014

dia não sei quantos dois (outra vez?): e oficioso

Para além disso, o Cão tenta recordar as fabulosas frases que inundaram a sua cabeça por volta da 1h30 desta madrugada. É claro que no dia seguinte se lembraria. É claro. O Cão pensa então nas amarras. Pensa na ravina. Pensa que desta vez não escreveu ribanceira. Pensa que uma ribanceira é uma ravina mais afoita, certamente mais plebeia. Pensa em Bolaño e no fígado que nunca chegou. Pensa em outros fígados que nunca chegam e em outros fígados que, por isso mesmo, explodem. Pensa nos que aguardam os fígados, seres que não acabam livros, que não chegam a reparar a canalização da casa de banho nem a acabar a pintura da sala do menino. Seres que não chegam a cantar no estádio de Alvalade, nem a comer sandes manhosas acompanhadas de jolas geladas. O Cão pensa no jogo de mais logo e diz: que se foda… 

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