quarta-feira, 30 de julho de 2014

dia não sei quantos e tal quarta: a pasta está vazia

Consta que me levantei. Que fui duchar. Que depois bebi um chá preto com bolo de noz. Diz que a seguir apanhei o elevador, que também se apanham elevadores como doenças más, diz que me doía a cabeça, que e náusea fazia ninho e que os restos da noite não saiam com nenhuma sacudidela. Para entrar no carro diz que abri a porta, mas nunca se sabe. Do rés-do-chão, ali ao pé, já ressumava um cheiro a estrugido para ajudar à festa, conforme está comprovado. Em todo este trajecto diz que não tomei nada. Entretanto, consta que me deu para pensar em merdas:

a cena de ontem
a cena de anteontem
há quanto tempo não vou correr?
E livros novos e leituras, que seja?
E discos?
Que passeatas?
A cena do catálogo de rotinas que desagua nas ditas...
em que rua fica, este ano, o mar?
Que bebidas espirituosas não são alcoólicas e vice-versa??
será que se pode comer pizza de faca e garfo à mesa da cozinha, sem televisão?
será que se pode comer pizza com salada de tomate (daqueles tomates verdadeiros) de faca e garfo, sentado no sofá a ver a guerra dos tronos?
Merdas assim...



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