quarta-feira, 3 de julho de 2013

dia não sei quantos 363: a realidade porosa

A noite lá com o seu manto sobre as coisas. Cães nocturnos que ainda ladram, os cabrões incivilizados. Depois estive a ler, talvez fosse de manhã, talvez não, mas parece-me que era de manhã, já lá vou, escutava-se dentro da minha cabeça, estava eu a ler deitado na cama. Dir-se-ia que já estava com a mão numa estratégia daquelas que começam a bulir nos membros inferiores e por aí perto e só depois assomam à cachola, estava eu nisso, e ao mesmo tempo lia, na boa, ou então foi antes, ou fazia parte do conto, estava nisso, quando as merdas se confundiram todas, mas mesmo todas, a luz era uma barafunda que reflectia com deleite aquele momento, e é tudo. Mantive a calma possível, inventei logo mil propósitos, escrevi cartas abertas, li o caralho das cartas, desmascarei cenários imprevisíveis, concedi um ou dois momentos ao exterior, pensando: deve existir um mundo lá fora, não?

6 comentários:

  1. existe um mundo lá fora e é fixe, lá terá os sues dias:)

    DdC

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  2. podemos imaginar a cena da estratégia que dá para bulir nos membros inferiores e por aí perto hahahaha não devemos imaginar mais, pois não? hahahaha
    ataca Nicha!
    Alfredo BA

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  3. diz que haverá sangue:)
    no mundo exterior? heheheheheheh

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