domingo, 20 de dezembro de 2009
dia trinta e oito: antevisão a despropósito.
E depois de uma comissão de serviço, o mártir descansa o corpo no armário dos fundos. Daí não se vislumbra o presépio, é sabido, mas uma luz ténue desagua na frincha da porta e é sempre possível descortinar os movimentos da casa em silêncio, enquanto os aromas antigos que se destilam da imaginação fazem o seu trabalho: doces, fritos, soleiras, alpendres, fogões a lenha e um quintal, para dizer pouco, assolam cada momento. E depois, a manhã, a tarde, os pequenos ruídos avulso. A casa antiga.
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