pensava eu (deixem passar) na minha (futura) nova roupagem
primavera verão, pensava nisso como quem come nozes sem cerveja por perto, isto
é, distante, não apenas dos pensamentos como da distância que nos separa(va),
talvez por ser ainda de manhã, não sei, de qualquer maneira os pensamentos
ganharam outra forma, mais leve, uma penugem que escondia algures uma luzinha
que depois (certamente) se reflectiria no olhar (o meu, mas desta perspectiva
não é fácil assegurar), um pensamento
cuja matriz (de cor cinzenta) se firmava nos últimos dias, dias em que uma
nuvem afecto-contagiosa (de cor cinzento escura, embora parecesse aos incautos
branquinha como cal), se instalara no espaço cognitivo da República com
consequências ainda difíceis de analisar à vista desarmada [PAUSA: O AUTOR
DESTAS LINHAS TEVE QUE SE AUSENTAR POR MOTIVOS PESSOAIS DURANTE, deixa ver,
CERCA DE TRÊS HORAS… e EIS QUE VOLTA]:
…. quer dizer, essa virose (que atingiu inclusive dois
conhecidos meus e um papagaio da vizinhança, mas neste caso com consequências
muito inferiores) que se propagou pela forma da cidade (a Politeia, também se poderá ler constituição – uma cena dos gregos),
contaminando ilusoriamente, simulando, constituindo-se como acto solene de
fancaria, cujas verdadeiras proporções (e consequências) estão ainda longe de
ser conhecidas. Quem entrasse na República por estes dias, teria a insidiosa sensação
de estar a entrar na casa de pasto do costume, mas sem serrim no chão, com paus
de incenso perto dos rojões (agora magros), e uns tipos e pasme-se (tipas) a
beberem coquetailes a acompanhar as tripas e o sangue. Já para não falar na
delicadeza no atendimento. Imaginem só!
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