sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

dia não sei quantos não parece sexta: pelo menos assim o esperava

Agora estou aqui. E um não vos digo nem vos conto farto de estar. De um lado vejo prédios, dou mesmo de fuças com os ditos, dá até para sentir o cheiro do ranho do vizinho. Do outro lado vejo prédios, mas mais longe, dá apenas para cheirar a carnificina de odores (deixem passar) que polvilham o ar. No entretanto, um pedaço de terra foi atingido por um cagalhão envidraçado vindo do espaço. Um cão dá voltas à cabeçorra até à loucura para tentar perceber aquilo. Dantes ainda aparecia um tipo que entrava para o cagalhão e lá ficava, até ir beber umas cervejas ao croquete, ali aos prédios. O cagalhão vindo do espaço tem vidraças e um pequeno alpendre, serventia dos arbustos e de silvas. Vieram cortar as silvas e os arbustos. Agora o espaço parece uma careca de um velho que vai dar a uma via rápida. Uma falsa via rápida, vá. Tenho saudades da ladeira.  

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