Paralelamente, e à revelia da angústia, acabei por ir correr adjudicando
logo aí meia dúzia de pensamentos, ficando ainda sobre a minha alçada a
exposição de várias diligências (meditativas) sobre um cenário que se afirma
como um bloco estranho à minha disponibilidade bélica. Tento reajustar-me e dou
com os cornos no bloco estranho à minha disponibilidade bélica, uma tendência
que oficialmente não se ajusta a nenhum mercado, mesmo concorrencial, coisa que
atesto in loco, embora a minha
sensibilidade se assemelhe, ela própria, a esse mesmo bloco (de granito?) nada
conforme à minha disponibilidade bélica. Não sei se pensava nisto, mas a
corrida irremediavelmente começou por correr bem, as mesmas ruas, às vezes uma
ou outra mudança, e depois as voltas, umas vezes por um lado, umas vezes pelo
outro, dou por mim a pensar que gosto de correr às voltas, fazer contas, pensar
nas voltas anteriores, quantas foram?, e da última vez, quantas foram?, e
continuo às voltinhas antes da panaceia do regresso ora por aqui ora por ali,
mas sempre a mesma merda, dou por mim a pensar que ando às voltas também na
vida, ora por aqui ora por ali, hoje isto, amanhã aquilo, mas sempre a mesma
merda, até que reconheço a ladeira familiar, ocasião para assinalar o momento e
untar as peças.
terça-feira, 5 de março de 2013
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Aqui está a prova (não bélica) que é possível escrever várias vezes a palavra "bélica" e ainda assim o texto sair extraordinariamente poético. Confio na sua sensibilidade.
ResponderEliminarH.
:)
Eliminar…a minha sensibilidade às vezes é também um bloco…talvez de mármore:)
a cena bélica encerra sempre algo de poético…(ou é ao contrário?:)))
Bom dia,
ResponderEliminarà revelia da angústia tens que continuar:)
escreve que também deve ajudar a espantar os males:)
jinhs
bom dia,
ResponderEliminarespantar os males untando as peças:)