segunda-feira, 19 de outubro de 2015

não sei dia quantas segundas: capitão!

as claridades do carvão que se torna em foca, faísca, insecto ante os teus olhos, os esquadrões de alucinados, os monstros de corda, os gritos dos sonâmbulos mecânicos, os estômagos líquidos em placas de prata, as crueldades das flores carnívoras hão-de invadir o dia simples e rural e o cinema do teu sono: assim escreveu um dia Tristan Tzara, e por aí deveria ter-se ficado a poesia, longe do dia simples, devidamente enterrada em mantos intermináveis como a neve (não Tzara?), juntamente com esse furor perpétuo que todos os dias anuncia a sua [própria] morte. Acho.

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