segunda-feira, 20 de abril de 2015

dia não sei quanto segunda de folga: resumo

Acordei e virei-me para o lado. Adormeci. Acordei e virei-me para o (outro) lado. Isto vai – pensei. Não adormeci. Uma luz (ou duas?) entrava desvairada por debaixo da porta. O caralho da porta da cozinha deve estar aberta – pensei. Depois deu-me para ruminar uma série de merdas que davam para um catálogo de coisas importantíssimas para arremessar de um prédio de setenta andares daqueles americanos ou de Singapura. Lá fui ao chá verde e respectiva torrada em pão de forma brioche. Sorri com a palavra brioche. Limpei a cozinha como quem limpa o nariz sem o assoar convenientemente. Assobiei e a arrecadação com guarda-fatos a que chamo escritório apareceu limpa. Sou mesmo bom a assobiar – pensei. Fui duchar aquilo tudo e, de facto, debaixo de água as ideias afogam-se como tudo o resto. Fixe. Entretanto elaborei uma lista mental para as compras e escrevi lá bem escrito: chá preto e chá verde Lipton. E ainda o dia ia no adro, caralho…

5 comentários:

  1. já tinha saudades:))

    DdC

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  2. ...o adro já foi em tempos uma praça...e um dos locais onde se enterravam os mortos importantes:))))

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    1. :)
      este é um espaço aberto à história das cidades e mesmo à analise da obra história da morte no ocidente do Ariès:))))

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  3. "Adro (ou atrium) é uma das palavras utilizadas na linguagem corrente para designar o cemitério, pertencendo o termo cemitério, até ao séc. XV, ao latim dos clérigos", escreve o Ariès na parte da morte domesticada:) eu já volto

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