quinta-feira, 11 de setembro de 2014

dia não sei quantos por acaso quinta: deixa lá ver se

olha diário, estava a contar os dias para a frente, não é nada pessoal sabes, mas também conto os dias para trás, até àquele muro que vai (ia) dar à ladeira, um murete silencioso e decrépito, pichado de sinais da passagem humana e, obviamente, canina, não sei se sabes mas os dias reciclados pela memória embatem na casota perto do murete, junto à ladeira, fazendo ricochete até às torres onde se empilham (no poema lê-se embalsamam) humanos lá dentro (deixem passar) e outras merdas. Às vezes aí perto, se se escutar bem, ouve-se música. Fazendo as contas ao aguardar dá pra aí mais uma semana e picos, alguns zzzs e rrrrrrrrrs, pouca terra, pouca terra, huu huuu, afinal um verdadeiro ensopado de estacas zero. 

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