Juram a pés junto que os cães não falam, tão pouco escrevem,
argumentam A priori dos factos, fazendo
orelhas moucas. Ora, desde pelo menos o século XIX que se sabe que não é assim.
Aksénti Ivánovitch (que um acaso o colocou num conto do Gógol) ouve
perfeitamente a cadela Medji a falar com
a cadelinha Fidèle assim: «estive…au, au…estive…au,au,au!...muito doente», confessando-se surpreendido por ouvi-la falar em língua humana, mas mais adiante
a Medji volta à carga e diz a Fidèle em linguagem humana (Aksénti
Ivánovitch não se interroga sobre a razão pela qual dois cães falam em
linguagem humana e não canina – talvez pense que é para ele entender eheheh): «escrevi-te; pelos vistos, o Polkan não te
entregou a minha carta!». Aksénti Ivánovitch jura pelo seu vencimento que
nunca tinha ouvido falar de um cão que soubesse escrever (falar ainda vá – casos
idênticos foram identificados na Inglaterra com peixes), para Aksénti
Ivánovitch escrever correctamente é coisa de fidalgos, alguns comerciantes e vá
lá, alguns escriturários, sendo certo que mesmo alguns servos da gleba garatujam alguma coisa, mas numa
escrita mecânica, sem pontos, vírgulas, ou qualquer estilo, tipo os moços agora
a escrever SMS ou a responder a questões nos exames de português e outras
disciplinas. Fiquei intrigado por ele ter ficado intrigado, bastaria ler o Diário
de um Cão em vez de escrever o Diário de um Louco. Eu já volto.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
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de puta madre:)
ResponderEliminarcoitado do gógol ahahahahah
:)
Eliminarai caramba eheheheheh
De puta mãe mesmo. Fabuloso.
ResponderEliminarH.
ei!
Eliminarobrigado:)
fabuloso é o Gógol ehehe
Ai não :)))
ResponderEliminarentão o que é isto ?!
eheheheheheh
Eliminartoda a gente sabe:)
Uma boa tarde :)))
ResponderEliminargrande filme,no autoplay :)))
:))
Eliminare boa noite:)