Tem dias que não há dias. Não
explico. Uns dias atrás dos outros sem dias lá dentro. Tem dias que começam [de]
noite e acabam noite e não chegam a acabar, pela sensação de permanência que
dão, nada de volúpia acoplada a qualquer momento, todas a sensações sobressaem
empacotadas em caixas muito direitinhas, caixas com rótulos perfeitamente
definidos e organizados, caixas dispostas geometricamente na linha de montagem
dos olhares. Mesmo assim segues o caminho da tabuleta que diz dias, e
quando dás por ela já lá estás, quando dás por ela (deixem passar) estás a escrever
na terceira pessoa, ou isso, quando dás mesmo por ela percebes a resma de
merdas a enormíssima resma de merdas que povoam os dias, o imenso depósito de
cenas, a imensidão atroz das vozes e das possibilidades, a questão do oito e do
oitenta, outras questões de premeio e ainda nem sequer almoçaste, quer dizer, ainda
estás na fase de roer a maçã em andamento ainda te restam horas e horas de
jorna, ainda estás mal acordado, ainda agora ali atrás tomaste um café, ainda a
procissão vai no adro. E depois continuas. Não sabes bem porquê,
mas continuas. Não sabes bem porquê, mas faz sentido mesmo quando não faz
sentido nenhum.
[agora vou ali ver se leio umas
merdas]
isso vai:)percebe-se mais ou menos
ResponderEliminarboa semana!
jinhs
percebe?
Eliminardo mal o menos:)
boa semana!
faz sentido a dias...)mas não adies:)
ResponderEliminarDdC
[não] adio os dias com a certeza das incertezas:) ou isso;)
Eliminarfaz sentido :)
ResponderEliminarontem, resolvi ignorar a segunda feira :) resultou
uma boa semana :)))
já não consigo ignorar os dias, mesmo as segundas, sobretudo as sextas:) calhando as terças as quartas e as quintas:) o resto também não dá de frosques:))
Eliminarboa semana!!!