e nem sempre era (é) bonito, quer dizer, o Béli, transforma
qualquer placa de texto numa virose de efeitos absolutamente imprevisíveis ( e
aqui não irei fazer qualquer analogia humorística com o vírus da moda, o kika,
ou zika, bem entendido), ou melhor, transforma qualquer partícula ínfima de
texto, mesmo desestruturada do alicerce do bolo, quer dizer, mesmo descontextualizada,
numa pandemia linguística de efeitos totalmente imprevisíveis. A este respeito,
por exemplo, aquela cena da consciência quando esta se vira para trás, emitindo duas sensações, e as tais
sensações se baixam como mãos, sentindo uma forma (que se parece com uma banheira), cheia até às bordas de uma imundície
malcheirosa, e a páginas tantas (da mesma página), as sensações começam a chapinhar na banheira com água misturada com
estrume, as sensações aderem ao
recipiente, a consciência, coitada, tenta arrancar-se dali, escarpar-se,
debalde, as sensações arrastam atrás de si qualquer coisa pesada. É então que a
consciência vê aquilo em qua habita, neste caso, Apollon Apollónovich, por
acaso, mas não podemos deixar de extrapolar, ainda agora, compenetrado na
limpeza da casota, não posso deixar de sentir que as sensações trepam, tomando
de assalto o último dos redutos da consciência, talvez aí, lá no fundo do
corredor germine uma ideia, vaga, uma sombra que ainda não permite esgaçar um símbolo
sequer, uma sílaba, se quiserem, para ficarmos no mundo fodido da linguagem.
Isto para dizer que hoje acordei com a sensibilidade de uma porta lacada a
branco, muito na moda, asseguram-me os arquitectos.
domingo, 28 de fevereiro de 2016
E a consciência viu aquilo em que habitava
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muito na moda devia estar este blog:) liiindo:)
ResponderEliminarjinhs
obrigado:)
Eliminarbeleza é fundamental:)