quarta-feira, 15 de julho de 2015

dia não sei quantos talvez: isto terá sido anteontem

- para quê?
- para praticar.

E assim foi. Depois fiz dez flexões, daquelas de braços. Depois li uma história do Donald Barthelme, uma das quarenta histórias que estão ali em cima da mesa, compiladas num livrinho verde. Chamava-se visitas, a história, acho. Pouco importa. De qualquer maneira, à terceira tentativa lá consegui arranjar um frango no churrasco, não foi fácil, tendo em conta que a ordem das churrasqueiras não permite veleidades, nem é para brincadeiras. Cá me cheira que a coisa foi na segunda: feira. Um frango assim partido em dois e enfiado em recipientes cor de prata não é um: é dois. Para enganar. Isto sem levar em conta a questão grega. Pensei logo na Hélia, com a correia ligada à atenas dos churrasqueiros, com ar de quem não sai das nuvens desde sei lá eu. Suava nisto enquanto pensava na Hélia e já se fazia tarde. A Hélia com o seu prémio. Depois fui beber uma cerveja (as outras viriam depois) e emborcar (deixem passar) mais uma história do Donald Barthelme, umas das tais duzentas, não, quarenta, histórias que estão ali em cima da mesa. A história chamava-se ( não sei se ainda se intitula) a ferida, uma cena com um torero, a mãe do torero, a amante do torero, uns quantos imbecis, um aficionado e, já se sabe, uns bobos: todos nós. A sério.

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