quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

dia não sei quantos quarta porque sim: continuar a espantar-se

Temos porque temos tentado dormir sobre as cenas, arrumá-las a canto, fazer prateleiras com elas, cenas sobre cenas, cenas que sustentam outras cenas, temos (uma terceira pessoa torna tudo mais fácil) revigorado os nossos dias com pensos rápidos, curitas passageiras, nobres intenções, pensamentos lavados (aqui socorremo-nos de uma muleta quase musical). Amiúde a vida com letra pequena faz-se à vida, cresce, aparece, desmarca-se com intenção de subir às árvores de engatilhar um ou dois gritos, calhando até vai ao fim do mundo em cuecas para continuar a ser uma ramificação da memória da infância, uma continuada projecção bacoca e desnorteada do futuro hoje. Agora mesmo entra o sol envergonhado pela janela, meio estore divide o mundo em dois, agora mesmo o sol desmaia, o estore prevalece, a cena continua com uma sessão de pancadaria das antigas entre vários elementos naturais daqui e dali, e mesmo de acolá. Embora lá para o meiiiooo.

4 comentários: