domingo, 11 de janeiro de 2015
dia não sei quantos domingoadomingo: à falta de melhor
Passear, deprimir, bebericar o ar enquanto se magica num
tempo engarrafado. Parar junto ao supermercado. Inventar um cabeçalho onde
caiba mercearia das nossas dores. Andar ao calhas e esbarrar com uma ínfima
partícula rasurada na cidade (muito semelhante a um pedaço de caramelo daqueles
espanhóis na mão de um velho sem dentes), chamada alegremente de arranjo
urbanístico. O olhar acompanha a palavra morte que se projecta em estranhas
geometrias nas casas, nas ruas, pelo chão e no tecto imaginário pensado para
cobrir a rua central, chegando a insinuar-se junto à churrasqueira da esquina. Ninguém repara e nenhum galo canta.
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