domingo, 1 de dezembro de 2013

dia não sei quantos domingo outra vez?: factura exposta

Não sei se o corpanzil já doía antes de e tal. Depois de e tal o corpinho doía. É um facto. Acoplado ao corpinho, lá bem em cima, dentro da cabeça, um cérebro debatia-se (e debate-se) com uma série de elementos estranhos, devidamente entrincheirados num já te fodes sem armistício que o valha. Obuses rodeiam esses momentos em que os elementos se batem sem quartel. Entra água nas trincheiras. A cabeça doí. Uma semana que se repete a cada semana. Um dia que se repete a cada dia. Faz doer. Assemelha-se, e muito, à dor infligida pela ingestão exagerada (para não dizer mais) de bebidas destiladas. Entra água na trincheira. Não chega para diminuir as hostilidades. Não era bem esta merda que eu procurava – escuta-se, som proveniente certamente de uma das trincheiras. Aguenta – é a resposta. Será código? A cabeça soletra outros devaneios que se escutam ao longe. Entretanto, a limpeza da casota começa a processar-se com a naturalidade possível. Regista-se a existência de um cobertor extra para a cama, tão pesado que lá dentro desapareceram dois mexicanos esvaídos no seu próprio suor. Porquê mexicanos? O cobertor em causa apresenta um padrão que nos recorda esse elemento tão interessante do vestuário cultural de uma parte do globo, denominado poncho. E poncho, a ver vamos, então.


[a Rádio Cão está de volta, ou isso]

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